quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Comissão amplia oferta de educação especial



A oferta de educação especial, considerada dever constitucional do Estado, deverá iniciar-se na faixa etária de zero a cinco anos, durante a educação infantil, e ter continuidade "independentemente da idade e da etapa escolar do educando". A medida consta do Projeto de Lei do Senado (PLS) 589/11, de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), aprovado nesta terça-feira (25) em decisão terminativa da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O projeto, que teve como relator o senador Paulo Paim (PT-RS), altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que atualmente apenas estabelece a data de início da oferta da educação especial. Além disso, o projeto determina que os sistemas de ensino assegurem aos alunos com necessidades especiais uma avaliação de suas necessidades específicas de desenvolvimento por equipe multiprofissional da escola e, quando necessário, em parceria com o Sistema Único de Saúde. Além disso, deverá haver interação com a família sobre o tipo de atendimento a ser oferecido.

Em seu voto favorável, Paim observa que a inclusão de alunos com necessidades especiais tem sido realizada "sem critérios" e sem considerar condições mínimas para o seu sucesso, inclusive no que se refere aos espaços físicos e à preparação de professores.

Esse arremedo de inclusão, em que as famílias nem sequer são consultadas, tem causado transtorno aos sistemas de ensino, aos professores e aos pais - afirma Paim.

http://www.senado.gov.br/noticias/comissao-amplia-oferta-de-educacao-especial.aspx

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

TESTE DA ORELHINHA

A campanha do Teste da Orelhinha priorizou a divulgação da Lei 12.303/10, que obriga os hospitais e maternidades a realizarem o exame gratuitamente nas crianças nascidas em suas dependências. Além de tornar o teste mais conhecido, o objetivo da campanha foi fazer com que os pais tomassem conhecimento do direito assegurado pela lei a seus filhos recém-nascidos. O que se espera é que hospitais, maternidades e clínicas sejam mais requisitados pelo público a cumprirem a lei, já que grande parte deles ainda não possui equipamento e profissionais necessários para a realização do exame.

A campanha foi criada pelos servidores da Casa e produzida nos estúdios da TV Senado e da Rádio Senado. O material de divulgação da campanha inclui VT, spot de rádio, cartaz, anúncio e folders para os pais e para os profissionais de saúde. As peças estão disponíveis no site www.senado.gov.br/testedaorelhinha , além de serem veiculadas na TV Senado, Rádio Senado, Jornal do Senado e Portal de Notícias da Casa.


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Adoção e escolarização de crianças com deficiência é tema de pesquisa de estudante da UFSCar

Identificar famílias que tenham adotado crianças com deficiência e saber como estes pais colaboram com a escolarização dos filhos é o tema principal do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Aline Mercez Silva, estudante do curso de Educação Especial da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

O trabalho tem orientação da professora Márcia Duarte, do Departamento de Psicologia da Instituição.

A escassez de trabalhos que abordam a escola e a adoção de crianças com deficiência foi a motivação para que Aline escolhesse este tema para sua pesquisa. "A falta de material sobre o assunto transmite a ideia de que escolarização e adoção de crianças com deficiência são assuntos dispersos, o que não é verdade, pois a família é um dos fatores principais que contribui para o desenvolvimento positivo do processo de aprendizagem dos alunos", relata a estudante. 

Em um total de 30 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Carlos, local da pesquisa, um terço destes, ou seja, dez crianças, possuem pais adotivos. "Depois de levantar este número, apliquei uma pesquisa qualitativa por meio de questionário", explica. Os resultados irão apontar quais os motivos que levaram estes pais a adotarem crianças com deficiência, como está ocorrendo o processo de escolarização destes alunos e também como a participação dos pais pode influenciar no aprendizado. 

Depois do TCC, Aline pretende fazer iniciação científica voluntária sobre o tema. A pesquisa ainda está em andamento e com a conclusão, a estudante busca trazer uma nova visão sobre este processo de adoção e de escolarização de crianças especiais. 

O trabalho foi apresentado na última quarta-feira à tarde, dia 28/9, durante a 9ª Jornada Científica e Tecnológica da UFSCar. Mais informações sobre a Jornada podem ser obtidas no site www.jornada2011.ufscar.br e, sobre a pesquisa, pelo e-mail aline-mercez@hotmail.com. 

www.comunicacao.ufscar.br

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Acompanhado por cão-guia, deficiente visual aprova acessibilidade do Rock in Rio 2011

A reportagem do UOL levou o lutador de jiu-jítsu francês Nicolas Plessis, que é deficiente visual, para testar o Rock in Rio 2011 no quesito acessibilidade. Nicolas, que evita frequentar esse tipo de evento porque pode ser perigoso para seu cão-guia, aprovou os serviços e o acesso oferecido pelo festival.



Nicolas foi acompanhado por Esti, uma cadela guia da raça labrador, de dois anos de idade, e não teve problemas para passar pelas barreiras de acesso do Rock in Rio, nem na própria entrada do festival. O deficiente foi de táxi e andou o mesmo trajeto do público, cerca de 1,5 km, até a entrada do festival. Um segurança do festival o acompanhou e o orientou durante o trajeto.
Para entrar no Rock in Rio, Nicolas usou a mesma entrada que o público, mas precisou passar por uma roleta em separado. A única crítica fica para as lanchonetes do evento, que não tinham cardápio em braile para oferecer ao deficiente.
Das atrações do festival, Nicolas disse ter interesse em ouvir Shakira, Stevie Wonder e Lenny Kravitz no palco. "O importante na vida é a percepção. As pessoas 'normais' veem os shows com olhos, os cegos percebem com a orelha. Escutar um artista ao vivo é melhor do que curti-lo no rádio", acrescentou o lutador, que vive há 3 meses no Brasil e tem um sonho: abrir, no Rio de Janeiro, uma escola para treinar cães que servem de guia para deficientes.
Fonte: UOL

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cerca de 200 mil jovens com deficiência estão fora da escola, diz MEC


Quase metade das crianças e adolescentes (48%) com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão fora da escola. A proporção equivale a cerca de 200 mil jovens que deveriam estar estudando, mas não conseguiram vaga nas escolas ou as famílias não efetuaram a matrícula.
Os números são do Ministério da Educação (MEC) que hoje (21) lançou em Brasília a 2ª edição do Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas. De acordo o ministro Fernando Haddad, o grande contingente é fruto de problemas culturais (as famílias não têm a compreensão da necessidade e do direito de as pessoas com deficiência estudarem) e também da “falta de iniciativa” do Poder Público local.
Haddad espera que as secretarias de Educação dos Estados e dos municípios busquem as crianças e os adolescentes que não estão na escola. “Eu tenho o cadastro de todas as crianças que recebem por lei um salário mínimo em virtude de uma deficiência [o BPC]. Eu tenho esse cadastro [da Previdência Social] e cruzo com o do MEC. Se eu não encontro a criança matriculada, eu tenho que visitar essa criança”, recomendou o ministro ao salientar que a busca ativa está sendo feita desde 2008. “Cem mil crianças já foram resgatadas com esse processo, nós temos que buscar essas 200 mil.”
De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Cláudia Pereira Dutra, muitas famílias têm medo de perder o benefício ao matricular os filhos porque, na visão dessas pessoas, a frequência escolar seria a comprovação de que não existe invalidez. Cláudia afirma que não há essa possibilidade e esclarece que a Constituição Federal (Artigo nº 205) determina que a educação é “direito de todos e dever do Estado e da família”.
“Esse recurso [do BPC] é para promover a qualidade de vida das pessoas, entre eles, o exercício do direito à educação”, salientou.
Segundo Cláudia, desde 2007, mais de 24 mil salas de recursos multifuncionais (com equipamentos, mobiliários, material para atendimento especializado) foram instaladas nas escolas públicas (investimento de R$ 150 milhões). Anualmente, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) oferece R$ 100 milhões para a adequação física de escolas (construção de rampas, instalação de corrimão, adaptação de banheiros).
Na opinião da secretária, além da adequação física e da formação dos professores, é fundamental a compreensão dos profissionais que atuam nas escolas de que muitas pessoas com deficiência necessitam do apoio de um acompanhante permanentemente – como parentes que possam ficar na escola para ajudar em atividades em sala, na locomoção, na alimentação e no uso dos banheiros.
No ano passado, escolas públicas de 420 municípios de todo o país inscreveram 713 iniciativas para concorrer ao Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas. Uma escola em cada região foi premiada. Este ano, o prêmio terá três categorias: escolas públicas (para experiências pedagógicas exitosas); secretarias de Educação (para gestão do sistema de ensino que gere inclusão); e estudantes de escolas públicas (para texto narrativo sobre o tema A Escola Aprendendo Com as Diferenças, que deve ser elaborado por estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio). O primeiro colocado recebe um notebook.
As inscrições devem ser feitas até 31 de dezembro no site do MEC. Além das três categorias, a premiação fará menção honrosa à experiência pedagógica de educação infantil. “O estímulo nesta fase é fundamental para que o aluno não tenha dificuldade de adaptação no futuro”, aponta a secretária Cláudia Pereira Dutra.

Fonte: UOL

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Universitário com paralisia cerebral publica livro de poesias em Curitiba




O jovem Marcio Sakyo Poffo Taniguti, 23, nasceu com paralisia cerebral, que lhe comprometeu os movimentos do corpo e da fala. Os obstáculos, no entanto, não foram suficientes para barrar sua vontade de vencer desafios, como a recente conclusão de um livro de poesias.
Taniguti publicou neste mês em Curitiba a obra batizada de “Meus Primeiros Passos”, em que conta e canta sob a forma de rimas e metáforas o que é sua vida e as lições de superação, angústias e expectativas que marcam sua trajetória ao lado de familiares e amigos.
Estudante da faculdade de jornalismo, Marcio precisa da ajuda de uma cadeira de rodas para se locomover e usou uma ponteira presa à testa para digitar os versos.
As poesias falam de superação, amor, medo e agradecimento aos pais e da consciência de viver rodeado de limitações físicas impostas desde as complicações sofridas no parto, mas que não fizeram desisti-lo de viver.
O caldeirão de emoções exposto por Marcio pode ser resumido no poema “Sobre as pedras”, que abre o prefácio do livro: “Caminhando sobre as pedras/ Tentando me equilibrar/ Elas em movimento o tempo todo/ Com os meus passos/ Percebo que estou caminhando/ Em cima da minha vida”.  
Marcio digitou na tela de seu computador uma resposta ao ser perguntado pelo UOL Notícias sobre a ideia de escrever o livro: "Um dia eu estava no PC, fiz um poema e mostrei para minha mãe, ela gostou. Levei para a minha fonoaudióloga, que me deu a ideia de lançar um livro. E então eu não parei mais de escrever". Desde 2009, já são mais de 600 poemas, dos quais 70 fazem parte do livro.
"Ele se superou em tudo. O Márcio sempre teve força de vontade. O livro é mais um exemplo disso. Não pudemos ter presente maior. Desde que ele começou a faculdade de jornalismo (está no segundo semestre), nunca faltou. Sempre procuramos tratá-lo como uma pessoa normal", disse a dona de casa e mãe de Márcio, Márcia Taniguti, que acompanha o filho às aulas.
O pai, o aposentado Márcio Taniguti, contou que as sequelas da falta de oxigenação no cérebro, ocorrida durante o parto, começaram a ser percebidas quando o filho tinha seis meses de idade. A partir daí, eles começaram um tratamento intenso para que ele pudesse enfrentar todos as consequências que a paralisia cerebral provoca no corpo.
"Desde os seis meses de idade, quando foi detectado o problema, o tratamento do Márcio foi direto. Nunca pensamos em colocar ele numa cadeira de rodas e deixar num canto. Não foi o caso dele", afirmou o pai.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quando a memória ruim não é apenas sinal da idade


Por Jane E. Brody, The New York Times News Service/Syndicate



Quem não tem ocasionalmente lutado para se lembrar de uma palavra qualquer, ou o nome de alguém querido? Eu ainda estava na casa dos 40 quando o primeiro nome de minha madrasta, a quem eu conhecia há 30 anos, repentinamente me escapou. Tive de apresentá-la a um amigo como 'Sra. Brody’.
Mas para milhões de americanos com uma doença neurológica chamada transtorno cognitivo leve (TCL), lapsos para encontrar palavras e nomes são bastante comuns, junto a outros desafios como se lembrar de compromissos, dificuldade ao pagar contas ou perder a linha do pensamento no meio de uma conversa.
Embora não seja tão grave quando o mal de Alzheimer ou outras formas de demência, o transtorno cognitivo leve costuma ser um sinal dessas doenças que roubam a mente. O Dr. Barry Reisberg, professor de psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade de Nova York, que em 1982 descreveu os sete estágios do Alzheimer, considera a doença mais leve como Estágio 3 – uma condição de sutis déficits na função cognitiva que ainda permite que as pessoas vivam de forma independente e participem de atividades normais.
Uma das pacientes de Reisberg é um exemplo típico. Desde seu diagnóstico de transtorno cognitivo leve aos 78 anos, há dois anos e meio, a mulher aprendeu a usar o metrô, pilotou um avião pela primeira vez (com um instrutor) e continuou a curtir férias e visitas familiares. Mas ela também pagou duas vezes algumas contas e passa horas remexendo em papéis.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VIDEOCONFERÊNCIA DO PROGRAMA BPC NA ESCOLA


VIDEOCONFERÊNCIA DO PROGRAMA BPC NA ESCOLA - NOVO PERÍODO DE ADESÃO
                REALIZADA PELO GRUPO GESTOR INTERMINISTERIAL
 
Com o propósito de divulgar o novo processo de adesão ao Programa BPC na Escola, que possibilitará a participação de novos municípios e a renovação dos compromissos anteriormente assumidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios que já integram o Programa desde 2008, bem como orientar o desenvolvimento das ações intersetoriais previstas para o biênio 2011/2012, será realizada videoconferência no dia 15 de setembro de 2011.
 
Os gestores e técnicos municipais poderão acompanhar através de transmissão on-line, podendo ser assistido por qualquer pessoa a partir do endereço http://www.saude.gov.br/emtemporeal
 
Solicitamos, se possível, sua colaboração na divulgação a todos os municípios de abrangência dessa Diretoria.
 
Contamos com sua participação!
 
Atenciosamente,
 
Yara Savine
Coordenadora Estadual do BPC/BPC na Escola
Tel.: (11) 2763-8268"

INSCRIÇÃO CURSOS DE ED. ESPECIAL - REDEFOR‏


As pré-inscrições para os cursos do Programa REDEFOR - Educação Especial - 2011 devem ser realizadas de 07 a 18 de setembro.
São 1600 vagas distribuídas em 7 cursos!
Para mais informações, consulte o Regulamento.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Escolas de idiomas têm métodos específicos para alunos com deficiência


Cada indivíduo carrega uma bagagem única. Esse pen samento é compartilhado por Eloisa Le Maitre Lima, pedagoga mestre em neurolinguística pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretora da escola de idiomas Dice English Course, do Rio de Janeiro. Há 28 anos no mercado, a instituição de ensino se baseia na metodologia construtivista piagetiana, desenvolvida com a meta de ensinar a língua inglesa a alunos com deficiência visual. “Isso nos propicia um trabalho mais personalizado. Lecionar para crianças significa que o profissional deve aprender e gostar de trabalhar com ‘diferente’. Ele precisa sentir e, principalmente, no caso de crianças com deficiência, o tato, o corpo, o olfato e a audição são de extrema importância. E o método com o qual trabalhamos privilegia a audição, capacidade importantíssima para o aprendizado da língua por qualquer pessoa”, defende a especialista.

sábado, 4 de junho de 2011

Jovem com síndrome de Down dirige orquestra sinfônica juvenil na Venezuela

Caracas, 3 jun (EFE) - O jovem venezuelano José Omar Dávila, que tem síndrome de Down, dirigiu nesta sexta-feira a Orquestra Sinfônica Infantil Núcleo La Rinconada, que faz parte do premiado Sistema Nacional de Orquestras, em um concerto intitulado "Homenagem aos jovens em batalha".

"É fácil dirigir esta orquestra, me sinto feliz, com energia, potencial. A música é para o espírito", disse Dávila à emissora estatal "Venezolana de Televisión" ("VTV").

Dávila pediu aplausos para as crianças e adolescentes que formam a orquestra após dirigir "Aleluia", de Haendel.


A mãe do diretor, Teresa de Dávila, disse que seu filho, que hoje tem 26 anos de idade, foi educado "com muito apoio moral e espiritual".

Tresa assinalou ainda que "o amor é a nota mágica para descobrir o potencial que têm estas crianças especiais".

O jovem diretor iniciou sua carreira musical quando tinha quatro anos na cidade andina de Mérida, onde ingressou no Programa Educativo Experimental para crianças com necessidades especiais e de desenvolvimento normal pertencente à Associação Merideña de Pais e Amigos de Crianças Excepcionais.

Dávila participou como diretor da inauguração do Meeting International Special Olympics Figueres 2010, realizado na Espanha, e é o único diretor de orquestra com síndrome de Down na Venezuela, de acordo com a instituição cultural da petrolífera PDVSA, que cedeu seu Centro de Arte La Estancia para o concerto desta sexta-feira.

Dávila foi reconhecido também com a Ordem José Félix Ribas em sua Segunda Classe pelo Conselho Legislativo do estado de Mérida por sua participação no Special Olympic Meeting International e com o prêmio Raymond Turpin à trajetória.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Com debate, o CRP SP comemora o Dia de Luta pela Educação Inclusiva

Com debate, o CRP SP comemora o Dia de Luta pela Educação Inclusiva

14 de abril é o Dia de Luta pela Educação Inclusiva e o CRP SP vai comemorar a data com um evento especial. Uma mesa-redonda, reunindo psicólogos especialistas nesta questão, colocará em discussão três temas: “As contribuições da Psicologia para a efetivação da política de Educação para Todos e Todas”, “Escola sem homofobia” e “Medicalização na Educação”.

A atividade será realizada no auditório do Conselho, na Capital, das 14h às 17h30, com transmissão simultânea pelo CRP SP Web TV e debates também em polos localizados nas nove Subsedes e na Unaerp, no Guarujá.

Sua participação, portanto, é fundamental para e realização deste evento e para que as discussões sobre esta temática atinjam os objetivos previstos.


Confira os polos de transmissão:

Assis
Rua Osvaldo Cruz, nº 47 - Vila Xavier - Assis, SP
Tels.: (18) 3322-6224 / 3322-3932

Baixada Santista e Vale do Ribeira
Rua Dr. Cesário Bastos, 26 - Vila Belmiro - Santos, SP
Tels.: (13) 3235-2324 / 3235-2441

UNAERP - Guarujá
Av. D. Pedro, 3300 - Enseada - Guarujá, SP

Bauru
Rua Eduardo Vergueiro de Lorena, 4-35 - Jardim Aeroporto - Bauru, SP
Tels.: (14) 3223-3147 / 3223-6020

Campinas
Rua Frei Manuel da Ressurreição, 1251 - Guanabara - Campinas, SP
Tels.: (19) 3243-7877/ 3241-8516

Grande ABC
Rua Almirante Tamandaré, 426 - Jardim Bela Vista - Santo André, SP
Tels.: (11) 4436-4000 / 4427-6847 / 4990-7314


Ribeirão Preto
Rua Thomaz Nogueira Gaia, 168 - Jd. América - Ribeirão Preto, SP
Tels.: (16) 3620-1377 / 3623-5658

São José do Rio Preto
Rua Coronel Spinola de Castro, 3360 - Ed. Firenze - 2º andar - Bloco B - Sala 22 - Centro - São José do Rio Preto, SP
Tels: (17) 3235-2883 / 3235-5047

Secretaria Municipal de Educação
Rua General Glicério, 3947 - Vila Imperial - São José do Rio Preto/SP

Sorocaba
Av. Armando Sales de Oliveira, 189, Vila Trujillo - Sorocaba, SP
Fone: (15) 3211-6368 / 3211-6370

Vale do Paraíba e Litoral Norte
Rua Nancy Guisard, 25, Centro - Taubaté, SP
Tels.: (12) 3631-1315

Inscrições e outras informações pelo site: www.crpsp.org.br/educacaoinclusiva

segunda-feira, 28 de março de 2011

Para pessoas com Sindrome de Down, trabalhar vai além de ter um salário, é ter dignidade

Sílvia Perretti, Mônica Ribeiro e Paulo Policastri, além da síndrome de Down, têm algo em comum: o orgulho de trabalhar e ter a carteira de trabalho assinada. O que para muitos pode significar somente a garantia de direitos, para eles é uma atitude de inclusão social.

Sílvia tem 34 anos de idade, e há um ano conquistou o seu primeiro emprego na sede do restaurante GRSA. De segunda a sexta-feira ela vai ao trabalho, após a escola, e começa a sua jornada de quatro horas. Sua função é manter o local organizado, como repor guardanapo, azeite, limpar o balcão, onde é servido o almoço.
Quando começou a trabalhar, Sílvia ampliou o convívio social. “Eu me senti leve, fiquei feliz porque conheci várias pessoas”. As atividades que ela mais gosta de fazer é colocar os guardanapos na mesa. Pela sua simpatia passou a ser conhecida por todos da empresa e fez novos amigos. Sílvia diz que seus planos futuros é conhecer mais pessoas e continuar trabalhando.
A primeira preocupação das corporações em contratarem pessoas com deficiência é cumprir a Lei de Cotas, existente desde 1991, que obriga as empresas com mais de 100 funcionários a contratar esse grupo de trabalhadores, e caso isso seja desrespeitado é aplicado uma multa. Mas com trabalho de conscientização, essa obrigação passa a ser assumida como responsabilidade social.
Mariana Cosio é gerente do restaurante e gestora de Sílvia. Ela diz que receber uma pessoa com síndrome de Down cria novas experiências. Antes de Sílvia chegar à empresa, a Associação para o Desenvolvimento Integral do Down (ADID) fez um trabalho de sensibilização com os funcionários, esclarecendo sobre o que é essa síndrome, suas características e orientações gerais. A preparação envolveu todos os setores da empresa.
A gerente comenta que no início existiram algumas dificuldades, como a falta de atenção de Sílvia, pois ela queria ajudar todos ao mesmo tempo, ficava ansiosa e acabava por cometer alguns erros, como passar por debaixo das bandejas dos clientes. Para corrigi-la, Mariana chamou o técnico de segurança que explicou à Sílvia as normas que deveria seguir, claro que com cuidado e usando uma forma que a fizesse entender. Além das orientações de outros profissionais, Gisele Gasparotto, psicopedagoga da área de Empregabilidade da ADID, acompanha quinzenalmente o ambiente e o trabalho de Sílvia. Gisele recebe as observações da empresa e faz um feedback, o que é muito produtivo para Sílvia, pois ela recebe a mesma informação, às vezes, por três pessoas diferentes, podendo assim fixar melhor.
De acordo com Mariana, a jovem teve um desenvolvimento no convívio em sociedade. “Para se ter uma ideia, um dia Sílvia precisava faltar e sua mãe me disse que ela estava muito preocupada, porque com sua ausência sobrecarregaria os outros colegas. Isso para mim foi emocionante, pois ela entende que faz parte da equipe”.
De maneira didática algumas atribuições de atividades são feitas para Sílvia, como cada número do relógio do restaurante tem uma cor, ela associa as cores à função que deve fazer naquele momento e isso desenvolveu sua percepção. Com o convívio de Sílvia, Mariana aprendeu, como profissional, a ter mais paciência e “viver o hoje”, e no âmbito pessoal, ela passou a valorizar e reconhecer que pessoas com deficiência intelectual são capazes de desempenhar atividades que antes duvidava.

Fonte: http://revistasentidos.uol.com.br/inclusao-social/55/eu-trabalho-para-pessoas-com-sindrome-de-down-trabalhar-vai-156514-1.asp

sexta-feira, 18 de março de 2011

Exame Nacional PROLIBRAS


A Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC declara que estão abertas no período de 01/03/2011 até as 23h59min do dia 31/03/2011 (observado o Horário Oficial de Brasília), as inscrições para a quinta edição do Exame Nacional para Certificação de Proficiência no uso e no ensino da Libras e para Certificação de Proficiência na tradução e interpretação da Libras/Português/Libras, denominado PROLIBRAS.

As informações estão em:

AUDIOTECA SAL E LUZ


São áudios de 2.700 livros que podem ser enviados a deficientes visuais.

Divulgue
, por favor!
Eles não precisam de dinheiro, mas de DIVULGAÇÃO!!!

Procure o site
http://www.audioteca.org.br/catalogo.htm
e veja os nomes dos livros falados disponiveis.
Caros amigos,
Venho por meio deste e-mail divulgar o trabalho maravilhoso que
 é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar.
A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros).
Mas o que seria isto?
São livros que alcançam cegos e deficientes visuais, (inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada) de forma totalmentegratuita.
Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provascorrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados
sob a forma de fita K7, CD ou MP3.

E agora, você está se perguntando: O que eu tenho a ver com
 isso?
É simples. Nos ajude divulgando. Se você conhece algum cego ou deficiente visual, fale do nosso trabalho. DIVULGUE!
Para ter acesso ao nosso acervo, basta se associar na nossa sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125- Centro. RJ.
Não precisa ser morador do Rio de Janeiro.

A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a
 dificuldade de locomoção dos deficientes na nossa cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e enviaremos gratuitamente pelos Correios.

A nossa maior preocupação reside no fato que, apesar do governo
 estar ajudando imensamente, é preciso apresentar resultados. Precisamos atingir um número significativo de associados, que realmente contemplem o trabalho, se não ele irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe dizer que é impossível imaginar o mundo sem os livros...

Ajudem-nos, Divulguem!
Atenciosamente,

Christiane Blume - Audioteca Sal e Luz
Rua Primeiro de Março, 125- 7. Andar

Centro- RJ. CEP 20010-000
Fone:  (21) 2233-8007  (21) 2233-8007 

Horário de atendimento: 08 às 16 horas
http://audioteca.org.br/noticias.htm

sábado, 12 de março de 2011

São José sedia encontro para surdos


No próximo dia 25, a cidade de São José dos Campos será sede do 2º Encontro - Surdos em Contexto com o tema "Educação para Surdos - Desafios e Perspectivas". O evento terá interpretação simultânea em português falado e libras. 

A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é utilizada pelos surdos para facilitar a comunicação.
Os sinais são formados a partir da combinação da forma e do movimento das mãos e do ponto no corpo ou no espaço onde esses sinais são feitos.

Durante o encontro haverá também exibição do hino nacional e dança-Libras apresentados pelos surdos. O encontro é gratuito e ocorrerá no Centro de Educação Empreendedora (Cedemp – Rua Rua Tsunessaburo Makiguti, 157 - Floradas de São José).

As inscrições podem ser feitas pelo site da Prefeitura www.sjc.sp.gov.br/apde. Outras informações pelos telefones  3947-8736 ou 3947-8806.

[Vnews]

terça-feira, 1 de março de 2011

LIBRAS FORMA PROFESSOR E TRADUTOR

Quem se forma em letras-libras certamente vai ter de trabalhar com pessoas surdas. A graduação, no entanto, não é exclusiva para quem tem a deficiência.

Oferecido nas modalidades licenciatura e bacharelado, o curso pretende formar professores -para atuar no ensino fundamental e médio de surdos- e tradutores.

Na licenciatura, a maior parte das vagas se destina a surdos. No bacharelado, os ouvintes são a maioria.
Para concorrer a uma vaga, é preciso ser fluente na língua de sinais, pois até o vestibular é feito em libras.

"O português é a segunda língua nessa graduação, as pessoas precisam se lembrar disso", afirma Regina de Souza, da Faculdade de Educação da Unicamp.

A universidade é polo de turmas de ensino a distância oferecidas pela UFSC (Federal de Santa Catarina). Outras 16 instituições também fazem parte da parceria.

PRESENCIAL
A UFSC tem o único curso de letras-libras presencial da rede pública. A graduação dura quatro anos e oferece 40 vagas (20 para licenciatura e 20 para bacharelado).
O processo seletivo é específico. Das vagas disponíveis, 20% são para candidatos que cursaram o ensino fundamental e médio na rede pública. Outras 10% são reservadas a quem se autodeclarar negro, desde que também venha de escola pública.

Apesar de o ensino em libras ainda não ser obrigatório em todas as escolas do país, a docência é a área que mais emprega. "E ainda estão faltando profissionais qualificados", diz Mara Ruzza, do Centro de Formação e Acompanhamento à Inclusão da Prefeitura de SP.

Quem se forma em bacharelado trabalha com tradução. "Esse profissional pode traduzir, por exemplo, a aula de uma faculdade para um estudante surdo", afirma Regina. "Por isso o curso é voltado para ouvintes. Para fazer tradução, um surdo precisa ser muito bom em leitura labial." (ANDRESSA TAFFAREL)

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/

Resolução de conflitos é mais difícil para crianças com DEL

Crianças com Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) têm maior dificuldade de resolver conflitos, por isso, não dá para para isolar a doença e transformá-la em um distúrbio meramente linguístico. É mais do que isso, ele gera dificuldades sociais, de interação e de conversação.

Segundo a fonoaudióloga Erica Macêdo de Paula, o DEL é diagnosticável aos cinco anos. "Trata-se de uma dificuldade primária de linguagem em que as crianças têm dificuldade de expressar oralmente o que sentem ou pensam, tornando-se, em alguns casos, agressivas ou retraídas, sendo necessário, o tratamento fonoaudiológico”, descreve Erica

Ela esclarece que "o distúrbio não advém de quaisquer tipos de síndromes, deficiências mentais, psiquiátricas, articulatórias ou auditivas. O diagnóstico começa com a demora na fala, mas apenas se concretiza quando todas as outras hipóteses já se esgotaram.”

Para se ter uma ideia, "crianças com distúrbio apenas fonológico podem trocar os sons quando falam, como é o caso do "p e b”, do "d e t”, mas nos casos de DEL, as trocas são inusitadas e inconsistentes, como, por exemplo, a criança falar cisi quando quer dizer indicar o termo casa. E os sintomas não param por aí. Há trocas de vocabulário, gramaticais e, muitas vezes, dificuldade de compreensão.”

Algo interessante a se considerar diz a fonoaudióloga "é que não existe um padrão de características de crianças com DEL, elas são muito diferentes entre si”.

Dificuldade de resolver conflitos
Em sua pesquisa, Érica contou com o auxílio de um grupo controle de 20 crianças sem o distúrbio, estudantes de duas escolas públicas de São Paulo, e outra turma de 60 crianças com DEL, atendidas no Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Desenvolvimento de Linguagem e suas Alterações, do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). Todas as crianças tinham entre 7 e 8 anos. A orientação foi da professora Debora Maria Befi-Lopes. O mestrado foi realizado dentro do programa de ciências da reabilitação e financiado pela CAPES.

Para todas as crianças foram contadas cinco estorinhas, com ajuda de imagens, sobre temas que elas mesmas poderiam vivenciar e em todos os casos, a pergunta final era como você se comportaria.

Um exemplo dados às crianças de uma situação vivenciada, em que elas acabam por se identificar: "Rodrigo quer usar o computador pra jogar seu jogo favorito, mas seu irmão Lucas já está usando. Lucas odeia ser interrompido quando usa o computador. Se você fosse Rodrigo como o que você faria?”

As respostas foram pontuadas em uma escala de 0 a 4, as pontuações mais baixas (0,1 e 2) foram os recursos mais utilizados por crianças com DEL como bater, chorar, xingar, ou se isolar. Algumas vezes, a solução unilateral, nível 2, também foi utilizada. "A criança tenta resolver o conflito usando técnicas de suborno, se você fizer isto, eu faço… ou de chantagem, eu sempre fui seu amigo…”. Já crianças com desenvolvimento normal de linguagem, além de respostas unilaterais, conseguem também ter uma atitude de maior cooperatividade e interagir em busca de uma solução comum para o problema.

Isolamento e "bullying”
Grande parte das crianças com DEL é impopular porque ficam isoladas, têm dificuldade de interagir e conversar. "No laboratório, por exemplo, há o caso de um menino que foi convidado pela primeira vez para uma festa de aniversário, com quinze anos”.

Porém, o que mais incomoda é que elas são taxadas como burras, porque aparentam ter baixo desenvolvimento intelectual, mas isto não é verdade. São crianças inteligentes, apenas com um distúrbio de linguagem e esta rejeição social, muitas vezes, as tornam acuadas e com baixa auto-estima.

http://www.usp.br/agen/?p=48813

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PROJETO FIXA NOVO PERCENTUAL DE REPASSES PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Em análise na Câmara, o Projeto de Lei 7953/2010, do Senado, tem o objetivo de assegurar que o repasse anual de recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) a estabelecimentos de ensino que atendam alunos com deficiência seja no mínimo metade do valor anual mínimo per capita definido nacionalmente pelo Fundeb.

O autor da proposta, ex-senador Sérgio Zambiasi, diz que o objetivo é contemplar diferenciadamente as escolas da educação básica, comuns ou especializadas, que oferecem educação especial.

Arrecadação e repasses
Segundo Zambiasi, o projeto corrige distorções existentes no cálculo do custo por aluno com deficiência. O texto sugere a inserção de dispositivo que articule a Lei 11.947/09, que trata da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Diretos na Escola (PDDE), com a nova regulamentação do Fundeb.
Segundo a Lei 11.494/07, que regulamenta o Fundeb, o processo de definição do valor anual mínimo por aluno é resultado da divisão do montante total proveniente das arrecadações de estados e municípios e dos repasses federais pelo número de matrículas declaradas no censo escolar do IBGE do ano anterior.

Tramitação
A proposta tem prioridade e será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:
PL-7953/2010 - http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=487755



Fonte: Agência Câmara - Murilo Souza 

EDUCAR PARA AS DIFERENÇAS É PAPEL DA ESCOLA, DIZ PEDAGOGA

Matheus, que teve o nome trocado por solicitação do entrevistado, tem 13 anos e entrou recentemente no Ensino Médio de um colégio da capital paulista. Cadeirante, o menino precisa de fraldas para ir à escola. Apesar de adorar esportes, principalmente basquete - coleciona pôsteres de ídolos americanos -, ele se recusa a participar das aulas de Educação Física por vergonha do barulho que a fralda faz durante os movimentos. Receosa e preocupada em respeitar sua decisão, a professora de educação física não interveio, mas também não o procurou para entender os verdadeiros motivos do estudante.

O caso de Matheus não é único. Segundo o Censo Escolar 2010, existem mais de 500 mil estudantes com deficiência física ou mental nas escolas públicas do País. Entre eles, os números de inclusão parecem ser promissores: 85% estudam em colégios regulares. Porém, apenas 30% das escolas de ensino médio e 12% das de séries iniciais estão preparadas fisicamente para recebê-los. Além disso, muitas vezes, professores e funcionários não estão preparados para lidar com as diferenças e educar os demais alunos para a inclusão social.

Para a pedagoga Priscila Pereira Boy, mestre em Ciência da Educação, um dos principais problemas da convivência com deficiências físicas na sala de aula é a atitude que alguns professores têm de ignorar o problema, fingir que ele não existe e não confrontar o aluno simplesmente para não tocar no assunto:

"A primeira coisa a ser feita é não ignorar que existe um ‘problema‘. Crianças com algum tipo de necessidade especial não são piores dos que as outras, mas estão em desvantagem. Os professores devem dialogar com os alunos, perguntar a eles em que podem ajudá-los. Muitas vezes há um constrangimento, um medo de falar sobre o assunto e isto não contribui em nada. É necessário problematizar as situações cotidianas e envolver os outros alunos na busca de soluções", afirma a também autora do livro Inquietações e desafios na Escola.

A especialista destaca que os professores precisam estar preparados para educar os demais alunos para a convivência com a diferença em ambiente de estudo. Segundo ela, a principal questão é o preconceito, que hoje tomou forma de piedade.

"Olhamos pessoas com deficiência e achamos que elas devem ser umas coitadinhas. Achamos também que estamos fazendo uma grande caridade aceitando estas pessoas no nosso meio, no nosso convívio. Isto ocorre porque fomos educados em uma sociedade que não aceita erros. Pois bem, chegamos ao século XXI. Há espaço para todos. Há leis que obrigam as escolas a aceitar pessoas diferentes, obrigam as empresas a contratar pessoas com necessidades especiais. Agora, querendo ou não, temos que conviver com as diferenças", diz, se referindo a Lei Federal nº 7.853, que garante os direitos às pessoas portadoras de deficiência.

Foi percebendo o déficit que a maioria das escolas tem em profissionais qualificados para lidar com portadores de deficiência que a Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência (Avape), em parceria com o Centro de Apoio Pedagógico Especializado da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Cape) promove o Programa de Especialização e Capacitação (PEC), que prepara professores da rede pública estadual de São Paulo a fim de aprimorar as relações nas salas de aula.

"O objetivo é fornecer recursos para que o professor possa melhorar sua prática docente em relação aos alunos com deficiência intelectual, contribuindo para uma reflexão frente às questões inclusivas", afirma Viviane Heredia Vivaldini, coordenadora do PEC. Segundo ela, o curso já atingiu mais de mil docentes, tendo atuado em 31 das 91 diretorias do estado paulista.

O curso intitulado "Identificando e atendendo o aluno com deficiência intelectual em suas necessidades especiais em sala de aula" tem um módulo de 40 horas de duração e é ministrado por uma equipe multiprofissional da Avape. Para participar, basta as diretorias de ensino entrarem em contato com a instituição filantrópica. Depois disso, a equipe formada por médicos, fisioterapeutas, pedagogos e psicólogos prepara as aulas na própria escola. "Podem participar tanto professores, como funcionários, coordenadores e diretores. Nosso objetivo é que aqueles que participem possam multiplicar esse conhecimento, criando um ambiente de inclusão", diz Viviane.

http://www.terra.com.br/portal/



Fonte: Terra - CARTOLA - AGÊNCIA DE CONTEÚDO

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Inscrições Abertas para o Curso Gratuito de Extensão Universitária

De 26 de janeiro a 09 de Fevereiro estão abertas as inscrições para o curso de Extensão Universitária em Orientação e Mobilidade. O curso capacitará profissionais das áreas de humanas e biológicas para atendimento às necessidades de pessoas com deficiência visual parcial ou total. O início das aulas está previsto para 19 de fevereiro.

As aulas acontecerão aos sábados, em período integral. Este projeto é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, a Associação LARAMARA, a FATEC Zona Sul e a Fundação de Apoio à Tecnologia - FAT. As inscrições deverão ser feitas na sede da LARAMARA, na rua Conselheiro Brotero, 338 Barra Funda, das 08:00 às 17:00. A seguir, as instruções para estar apto a participar do curso:

Comparecer pessoalmente para a inscrição, munido de cópia dos documentos: Diploma de Graduação ou Certificado de Conclusão de Curso Superior para graduados, atestado de matrícula para alunos regulares do último período, RG ou CNH, CPF, Curriculum Vitae e 01 (uma) foto 3x4 (recente).
Após a etapa de inscrições, haverá seleção composta de análise curricular e entrevista. Preferencialmente serão inseridos profissionais das áreas da Educação e Saúde. Serão admitidos preferencialmente estudantes e graduados dos cursos de Educação Física, Pedagogia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Psicologia, Serviço Social e Enfermagem.

Outros fatores também devem ser considerados para a elegibilidade, tais como boas condições gerais de saúde orgânica e razoável resistência física. Condições intelectuais e de formação acadêmica satisfatória para acompanhar o desenvolvimento teórico do curso também serão considerados.

Serão oferecidas 40 vagas no total. A previsão de término do curso é outubro de 2011. Mais informações podem ser obtidas no local de inscrição.

Curso Comunicação Suplementar e Alternativa Básico

Objetivos:

Proporcionar conhecimentos básicos sobre Comunicação Suplementar e Alternativa através de apresentação teórica e discussões que suportem uma atitude reflexiva sobre a comunicação com pessoas sem linguagem oral.


A quem se destina:

Profissionais que estão trabalhando ou querem iniciar um trabalho com uma população de adultos ou crianças que não apresentam linguagem oral e necessitam do uso de Sistemas de Comunicação Suplementar e Alternativa: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, professores, terapeutas ocupacionais e todos os interessados no tema.


Conteúdo:

Terminologia, histórico, definições e conceitos teóricos.

A indicação da Comunicação Suplementar e Alternativa. População que pode se beneficiar.

Os sistemas de comunicação mais utilizados e suas diferenças. (PCS, BLISS, PIC...).

Pranchas individuais e temáticas definições e estratégias de uso.

Estratégias e utilização de pranchas e materiais: design, organização...

Discussão de possíveis usuários de Comunicação Suplementar e Alternativa.



Valor do Investimento: R$130,00 (Cento e Trinta Reais).

Entre em contato para maiores informações de desconto para estudantes, familiares e profissionais de APAEs. O valor poderá ser parcelado até a data do curso.



Data: Sábado, 19 de Fevereiro de 2011. Horário: Das 9:00h às 17:00h.

Fornecemos apostilas e certificados de participação.

Inscrições até 15/02/2011


Local:

Núcleo Terapêutico. Rua Presidente Getúlio Vargas, 157. Taubaté - SP. Telefone: 12-3011-1074

Turmas pequenas! Reserve sua vaga o mais breve possível!


Ministrante: LUCIANA WOLFF

Fonoaudióloga, Graduada e Mestre pela PUC-SP, Especialista em Audiologia e Linguagem, Membro da International Society for Augmentative and Alternative Communication (ISAAC). Mais de 500 (quinhentas) horas de Cursos ministrados sobre Comunicação Suplementar e Alternativa e mais de 300 (trezentas) horas de Assessorias para Implantação e Acompanhamento de projetos na área.


Maiores Informações:

Núcleo Terapêutivo. Tel: 12-3011-1074 (com Vivian).

WebSite: www.comunicaredizer.com.br

Endereço Eletrônico: contato@comunicaredizer.com.br

ACESSE O SITE PARA IFORMAÇÕES SOBRE OUTROS CURSOS!!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Começar com o pé direito



Quando vi esse quadrinho em um site de Portugal, pensei…
Apesar das dificuldades manter o bom humor e fazer da vida uma brincadeira saudável, pode ser a melhor maneira de exercitar nosso cérebro.
Hoje estou a fim de escrever e não é sobre a Educação Especial e sim de uma “particularidade”…
Há exatos 11 dias deixei de usar óculos, tomei coragem e fiz a cirurgia refrativa (lasik), que zerou a hipermetropia e o astigmatismo que eu tinha desde os 13 anos de idade. Demorei para me decidir, tinha medo de não resolver, não dar certo. E quando vi os colegas (Sônia e Ricardo) que fizeram e não ficaram “cegos”. Fui em frente…devia ter feito há muito tempo atrás – Por que não fiz? Medo, é a resposta!
Estou muito feliz de poder ver sem as lentes, as pessoas, o mundo; tomar banho e lavar os cabelos sem trocar o condicionador pelo xampu. Em alguns momentos , ainda procuro os óculos, até lembrar que não preciso mais deles. Até quando? Não sei, mas é fato que já passei dos quarenta e a presbiopia ainda não tem correção. Estou livre deles por algum tempo.


By Leila Kanada
PCOP de Educação Especial da Diretoria de Ensino de Adamantina

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Governo do Estado libera R$ 92,3 mi para atendimento a estudantes de APAEs e instituições filantrópicas

Investimentos são destinados ao aditamento dos convênios
entre a Secretaria de Estado da Educação e 301 instituições
assistenciais que atendem, juntas, cerca de 33 mil estudantes com
necessidades educacionais especiais em todo o Estado




O Governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin e o Secretário da Educação, Herman Voorwald assinaram nesta quinta-feira (27/01), o aditamento dos convênios firmados em 2010 entre a Secretaria de Estado da Educação e 301 instituições assistenciais responsáveis por educar crianças e adolescentes com deficiências graves e que não podem ser incluídas na rede regular de ensino. A iniciativa permitirá a continuidade da ação no exercício 2011 em todo o Estado de São Paulo e envolve investimentos de quase R$ 92,3 milhões. Os convênios prevêem repasse de verba às instituições para o atendimento de cerca de 33 mil alunos.

Os recursos vão auxiliar no pagamento de professores, diretores e coordenadores pedagógicos, além da manutenção das classes. Do total de instituições conveniadas, 260 são unidades da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e outras 41 são entidades assistenciais que também trabalham com alunos deficientes. Todas oferecem atendimento pedagógico e educacional em situações de deficiência motora, visual, mental ou auditiva, e também para alunos com autismo.

Capacitação e atendimento em Educação Especial

A rede estadual paulista é pioneira na oferta de atendimento educacional especializado a alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas públicas. No período de 2000 a 2010 foram capacitados 105.276 profissionais pelo Cape (Centro de Apoio Pedagógico Especializado), órgão da Secretaria de Estado da Educação responsável por promover cursos e orientações técnicas para profissionais da rede estadual de ensino, como supervisores, assistentes técnicos pedagógicos, professores coordenadores, professores especializados em Educação Especial, professores do ensino fundamental e médio. Eles vão atuar nos SAPES – Serviços de Apoio Pedagógico Especializado que têm previsão de atendimento a 14.101 alunos em 2011. Estes estudantes participam de aulas nas salas de recursos, classes especiais e hospitalares, por exemplo, promovidos exclusivamente pela SEE.

As instituições interessadas em firmar convênio com a Secretaria devem procurar as Diretorias de Ensino. As inscrições são abertas anualmente, no mês de outubro. Para que sejam selecionadas, as entidades precisam estar em dia com toda a documentação exigida no processo de seleção.



Secretaria de Estado da Educação - 2004
Todos os direitos reservados - SEESP/GTI