sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mestrando é premiado em Congresso Internacional de Surdez


Anderson das Neves faz pós-graduação em Psicologia na Unesp de Bauru, com Bolsa da FAPESP, orientado pela professora Ana Claudia Verdu (Unesp)



O mestrando em Psicologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Anderson Jonas das Neves, foi premiado no II Congresso Internacional de Surdez, Implante Coclear, Próteses Auditivas e Cirurgicamente Implantáveis (Hearing), realizado em maio em São Paulo.

O trabalho "Correspondência na Fala em Leitura e em Nomeação de Sentenças em Crianças com Deficiência Auditiva Pré-Lingual Usuárias de Implante Coclear” ficou em primeiro lugar na categoria Fonoaudiologia.

Neves, que tem Bolsa da FAPESP, foi orientado no trabalho pela professora Ana Claudia Moreira Almeida Verdu, da Faculdade de Ciências da Unesp, e pelas pesquisadoras Adriane de Lima Mortari Moret e Leandra Tabanez do Nascimento.

Segundo Verdu, o trabalho é resultado de uma parceria entre unidades da Unesp, da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de São Carlos, no âmbito do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia sobre Comportamento, Cognição e Ensino (INCT-ECCE).
"Estudamos o funcionamento simbólico em crianças com deficiência auditiva pré-lingual, isto é, privadas de estimulação sonora, mesmo antes de aprenderem a falar, mas que receberam o implante coclear – aparelho colocado cirurgicamente na parte interna do ouvido e que restabelece a detecção sonora –, portanto necessitam aprender a dar significados aos sons da fala”, disse Verdu.

Na maior parte das crianças usuárias do implante coclear, aprender a ouvir e a falar ocorre incidentalmente pelo uso do implante e pelo estabelecimento de interações verbais com as pessoas. Porém, em uma parcela desta população, as funções de ouvir e de falar não ocorrem no mesmo ritmo.
Verdu explica que as pesquisas têm sido realizadas no processo de reabilitação desses indivíduos e um dos aspectos focalizados é o "treinamento de habilidades auditivas" e as relações que o ouvir estabelecem com o falar.

Mais informações: www.unesp.br/#!/noticia/11167/mestrando-e-premiado-em-congresso-internacional-de -surdez

http://agencia.fapesp.br/17439

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Surdos poderão fazer uso da internet com maior facilidade



Uma ferramenta de apoio ao uso da internet, para surdos, foi desenvolvida na Escola Politécnica (Poli) da USP pelo engenheiro Stefan José Oliveira Martins. O instrumento visa principalmente aumentar a autonomia na utilização de informação virtual. O plugin reúne avatar em 3D, imagens, vídeos, legendas, dicionário e outros recursos para beneficiar surdos.

A dissertação de mestrado CLAWS: uma ferramenta colaborativa para apoio à interação de surdos com páginas da WEB teve a orientação da professora Lucia Vilela Leite Filgueiras. A pesquisa já recebeu alguns prêmios com artigos acadêmicos e de terceiro lugar em uma das categorias do Prêmio Nacional de Acessibilidade Web de 2012.

O que foi desenvolvido é um protótipo de alta fidelidade que está sendo aperfeiçoado. Ainda não há previsão de quando estará disponível aos usuários. A sigla CLAWS, apesar de formar uma palavra em inglês, significa ferramenta Colaborativa de Leitura e Ajuda a Web para Surdos. ”Escolhemos o nome CLAWS para fazer uma referência ao leitor de tela JAWS utilizado pelos cegos. Esperamos que nossa ferramenta faça bastante sucesso também”, explica Martins.

A ferramenta
CLAWS é um plugin que pode ser utilizado no navegador da internet, não dependendo da ferramenta ou funcionalidade do site para prover conteúdo acessível. Em essência, ele é colaborativo, ou seja, depende da contribuição de seus usuários para funcionar. Essa característica foi pensada a partir de observações com um grupo de jovens surdos, o qual apresentou uma notável capacidade de colaboração.

A questão da dificuldade em ler e interpretar a língua portuguesa é resolvida pela utilização de um dicionário de palavras e uma galeria de imagens. Posteriormente, os usuários da ferramenta poderão acrescentar seus comentários nos significados do dicionário. É possível optar pela interpretação da linguagem de sinais realizada por um avatar em 3D, que permite a troca de personagens. Presença de legendas sincronizadas em vídeos e no avatar, controle de velocidade do avatar e a possibilidade aos usuários de anexar vídeos, também são características que, por enquanto, compõem a CLAWS.

Método de pesquisa
As singularidades da comunidade surda exigiu que Martins aprofundasse seu conhecimento sobre ela antes que o instrumento virtual pudesse ser elaborado. Para isso, houve inicialmente um estudo bibliográfico sobre os dispositivos móveis, não-móveis e da vida diária para os surdos, apreensibilidade de informação, entre outros.

A segunda parte da pesquisa consistiu em analisar outras interfaces existentes para surdos. Foram selecionadas 14 delas para buscar diversidade de soluções. A partir disso, Martins elaborou um benchmarketing que permitiu ver os padrões de interação nas interfaces para surdos. Benchmarking é, resumidamente, a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior.

Em seguida, o engenheiro elaborou algumas hipóteses que deveriam ser comprovadas, ou não, por meio de entrevistas pilotos e pesquisa de campo. Nessa fase, pessoas com deficiências e 17 alunos de um programa de aprendizagem profissional para surdos do Colégio Rio Branco, constataram, entre outras coisas, que apenas uma das hipóteses de Martins estava incorreta. O pesquisador contou com a ajuda da intérprete Andréa Venancino na comunicação com os surdos. "Fazer as entrevistas e a pesquisa de campo foi extremamente importante para entender as necessidades dessa comunidade. A concepção de uma solução só faz sentido dessa forma, pensando em quem vai usar. Seguimos o lema: nothing about us without us nada sobre nós, sem nós.”

Considerações e expectativas
As combinações de soluções da CLAWS apresentam maior potencial de interação da pessoa surda com a internet do que ferramentas que segmentam suas funções. Martins menciona que há dez contribuições concretas da CLAWS. Entre elas, a capacidade de reunir as tecnologias que vêm sendo desenvolvidas para a comunidade surda, possibilidade de legitimar essa comunidade, estudar as barreiras encontradas pelos surdos e incentivar a produção de conteúdo para esta comunidade ao lançar uma ferramenta que inclui a participação desse grupo.

Origem
No Brasil, há, aproximadamente, mais de 9 milhões de surdos, segundo dados do Censo Demográfico de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desconhecimento da realidade dessas pessoas foram as principais motivações do engenheiro. Segundo Martins, a legislação não evidencia de forma apropriada o surdo e, mesmo na USP, há poucos estudos que contemplam essa realidade.

Poucos sabem da cultura surda, que é diversificada, possui o uso de uma linguagem de sinais, tem uma alta capacidade colaborativa dentro da comunidade surda e apresenta baixo domínio do português escrito. Além disso, as distinções presentes na própria linguagem de sinal podem ser comparadas à existência de vários dialetos. Quanto ao baixo domínio do português escrito, isso pode ser explicado pelo fato de o português ser apenas a segunda língua dos surdos, já que a forma primária de comunicação é por sinais. "Todos acham que o surdo lê o que está escrito no português, mas não. Isso é um mito. Para os surdos é como se tudo estivesse escrito em outra língua.”

http://www.usp.br/agen/?p=112544

Uma ferramenta de apoio ao uso da internet, para surdos, foi desenvolvida na Escola Politécnica (Poli) da USP pelo engenheiro Stefan José Oliveira Martins. O instrumento visa principalmente aumentar a autonomia na utilização de informação virtual. O plugin reúne avatar em 3D, imagens, vídeos, legendas, dicionário e outros recursos para beneficiar surdos.

A dissertação de mestrado CLAWS: uma ferramenta colaborativa para apoio à interação de surdos com páginas da WEB teve a orientação da professora Lucia Vilela Leite Filgueiras. A pesquisa já recebeu alguns prêmios com artigos acadêmicos e de terceiro lugar em uma das categorias do Prêmio Nacional de Acessibilidade Web de 2012.

O que foi desenvolvido é um protótipo de alta fidelidade que está sendo aperfeiçoado. Ainda não há previsão de quando estará disponível aos usuários. A sigla CLAWS, apesar de formar uma palavra em inglês, significa ferramenta Colaborativa de Leitura e Ajuda a Web para Surdos. ”Escolhemos o nome CLAWS para fazer uma referência ao leitor de tela JAWS utilizado pelos cegos. Esperamos que nossa ferramenta faça bastante sucesso também”, explica Martins.

A ferramenta
CLAWS é um plugin que pode ser utilizado no navegador da internet, não dependendo da ferramenta ou funcionalidade do site para prover conteúdo acessível. Em essência, ele é colaborativo, ou seja, depende da contribuição de seus usuários para funcionar. Essa característica foi pensada a partir de observações com um grupo de jovens surdos, o qual apresentou uma notável capacidade de colaboração.

A questão da dificuldade em ler e interpretar a língua portuguesa é resolvida pela utilização de um dicionário de palavras e uma galeria de imagens. Posteriormente, os usuários da ferramenta poderão acrescentar seus comentários nos significados do dicionário. É possível optar pela interpretação da linguagem de sinais realizada por um avatar em 3D, que permite a troca de personagens. Presença de legendas sincronizadas em vídeos e no avatar, controle de velocidade do avatar e a possibilidade aos usuários de anexar vídeos, também são características que, por enquanto, compõem a CLAWS.

Método de pesquisa
As singularidades da comunidade surda exigiu que Martins aprofundasse seu conhecimento sobre ela antes que o instrumento virtual pudesse ser elaborado. Para isso, houve inicialmente um estudo bibliográfico sobre os dispositivos móveis, não-móveis e da vida diária para os surdos, apreensibilidade de informação, entre outros.

A segunda parte da pesquisa consistiu em analisar outras interfaces existentes para surdos. Foram selecionadas 14 delas para buscar diversidade de soluções. A partir disso, Martins elaborou um benchmarketing que permitiu ver os padrões de interação nas interfaces para surdos. Benchmarking é, resumidamente, a busca das melhores práticas na indústria que conduzem ao desempenho superior.

Em seguida, o engenheiro elaborou algumas hipóteses que deveriam ser comprovadas, ou não, por meio de entrevistas pilotos e pesquisa de campo. Nessa fase, pessoas com deficiências e 17 alunos de um programa de aprendizagem profissional para surdos do Colégio Rio Branco, constataram, entre outras coisas, que apenas uma das hipóteses de Martins estava incorreta. O pesquisador contou com a ajuda da intérprete Andréa Venancino na comunicação com os surdos. "Fazer as entrevistas e a pesquisa de campo foi extremamente importante para entender as necessidades dessa comunidade. A concepção de uma solução só faz sentido dessa forma, pensando em quem vai usar. Seguimos o lema: nothing about us without us nada sobre nós, sem nós.”

Considerações e expectativas
As combinações de soluções da CLAWS apresentam maior potencial de interação da pessoa surda com a internet do que ferramentas que segmentam suas funções. Martins menciona que há dez contribuições concretas da CLAWS. Entre elas, a capacidade de reunir as tecnologias que vêm sendo desenvolvidas para a comunidade surda, possibilidade de legitimar essa comunidade, estudar as barreiras encontradas pelos surdos e incentivar a produção de conteúdo para esta comunidade ao lançar uma ferramenta que inclui a participação desse grupo.

Origem
No Brasil, há, aproximadamente, mais de 9 milhões de surdos, segundo dados do Censo Demográfico de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O desconhecimento da realidade dessas pessoas foram as principais motivações do engenheiro. Segundo Martins, a legislação não evidencia de forma apropriada o surdo e, mesmo na USP, há poucos estudos que contemplam essa realidade.

Poucos sabem da cultura surda, que é diversificada, possui o uso de uma linguagem de sinais, tem uma alta capacidade colaborativa dentro da comunidade surda e apresenta baixo domínio do português escrito. Além disso, as distinções presentes na própria linguagem de sinal podem ser comparadas à existência de vários dialetos. Quanto ao baixo domínio do português escrito, isso pode ser explicado pelo fato de o português ser apenas a segunda língua dos surdos, já que a forma primária de comunicação é por sinais. "Todos acham que o surdo lê o que está escrito no português, mas não. Isso é um mito. Para os surdos é como se tudo estivesse escrito em outra língua.”

http://www.usp.br/agen/?p=112544



Fonte: Agência USP de Notícias - Mariana Grazini

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Especialista dá dicas a professores de alunos com deficiência múltipla ou surdocegueira


Shirley Maia, diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa), esteve no primeiro encontro do Fórum Regional de Surdocegueira e Deficiência Múltipla, no dia 23 
 20120823im3r_forum_surdocegueira_michida_1890_01Como educar uma criança ou adolescente surdocego ou com deficiência múltipla? Essa dúvida esteve presente no I Fórum Regional de Surdocegueira e Deficiência Múltipla, realizado pelo Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado e que percorrerá dez regiões do Estado até dia 25 de outubro.
Essas e outras dúvidas dos educadores foram respondidas por especialistas e por pessoas que convivem com essas deficiências. Entre elas, está a pedagoga e diretora da Associação Educacional para Múltipla Deficiência (Ahimsa), Shirley Maia. Durante sua apresentação, Shirley falou sobre as necessidades educacionais desses estudantes e deu dicas sobre como lidar com essas questões. Confira algumas delas: 
Experimentação
A pedagoga explica que é necessário incentivar a autonomia desses alunos. Uma forma de fazer isso é permitir que eles experimentem mais durante as atividades. “O professor não deve entregar nada pronto para esse aluno. Eles precisam experimentar e fazer as tarefas sozinhos, pois é dessa forma que eles irão aprender”, afirma.
Percepção do aluno
Um dos pontos destacados por Shirley é a necessidade de respeitar o tempo de aprendizagem de cada criança. De acordo com ela, a forma como esses alunos respondem às atividades pode variar muito de caso para caso. “É preciso respeitar a individualidade e dar o tempo necessário para que cada criança aprenda”, explica.
Aproximação
A especialista afirma que existem formas para permitir que os alunos surdocegos ou com deficiências múltiplas conheçam a pessoa que se aproxima. A dica é não ser invasiva e usar suas características para facilitar o reconhecimento. “No meu caso, por exemplo, eu sempre utilizo o mesmo perfume, que passo nos pulsos, e já se tornou marcante para eles”, conta.
Ainda segundo a pedagoga, é necessário que o professor que trabalha com esses alunos tenha facilidade para a aproximação tátil.
20120514_escola_alunos_braille_rlasci_03_285Formas diferentes de aprender
Shirley explica que, para os alunos surdocegos ou com deficiências múltiplas, existem formas diferentes de aprender e de se comunicar. “Eles irão aprendem muito com o tato, com o olfato e, para aqueles que ainda têm um pouco da visão, com o resíduo visual”. De acordo com a especialista, o professor deve observar qual o meio de comunicação ao qual a criança se adapta melhor para utilizá-lo em seu aprendizado.
Trabalho com a família
O contato entre professor e família é fundamental, ressalta Shirley. O trabalho conjunto pode auxiliar o aprendizado da criança e, também, pode orientar os pais no contato com seus filhos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Estado estabelece política pública para atendimento a alunos superdotados



Resolução para identificação e atendimento de estudantes com altas habilidades foi publicada hoje (08/08) no Diário Oficial do Estado
Novas normas incluem a aceleração de estudos das crianças ou dos adolescentes com superdotação

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo estabelece, a partir de hoje (08/08), uma política pública para o atendimento de estudantes com altas habilidades/superdotação. As novas normas, que constam em resolução publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial do Estado, possibilitam o processo de aceleração de estudos para alunos superdotados.
        O documento institui ainda critérios e procedimentos para subsidiar as escolas da rede estadual de ensino na identificação desses estudantes.   Devem ser considerados pelas unidades escolares alunos com altas habilidades aqueles que, em suas atividades, demonstrem potencial elevado e grande envolvimento com áreas do conhecimento humano, isoladas ou combinadas, como a intelectual e acadêmica, psicomotora, de liderança e de criatividade, associadas a um alto grau de motivação para a aprendizagem e para a realização de tarefas e assuntos de seu interesse.
         As crianças e os adolescentes com essas características devem ser matriculados em classes comuns das escolas estaduais, no Ensino Fundamental ou Médio, que têm de oferecer atendimento adequado às necessidades educacionais constatadas em avaliação pedagógica realizada pela unidade de ensino.
         De acordo com a resolução, a aceleração de estudos só pode ser feita se o pedido for formalizado pelos pais ou responsáveis, por requerimento dirigido à unidade escolar, que ficará encarregada de orientar os solicitantes.
         A oportunidade de aceleração de estudos só pode ser indicada pela equipe gestora se os índices de desempenho obtidos pelo estudante nas avaliações se destaquem pelo grau de excelência alcançado; se houver atestado de avaliação psicológica, feita por profissionais experientes nessa área, que comprove que, além de altas habilidades, o aluno possui maturidade emocional compatível com a faixa etária do ano indicado, além de parecer pedagógico que ateste o esgotamento e a ineficácia das medidas de enriquecimento curricular.
         O estudante que atender aos critérios acima descritos será matriculado em ano ou série correspondente a, no máximo, dois anos posteriores do segmento de ensino em que esteja matriculado, visando preservar o desempenho escolar e a maturidade emocional da criança ou do adolescente.
Independentemente de avaliações psicológicas e pedagógicas, o aluno com idade para o ingresso no Ensino Fundamental será matriculado sempre no 1º ano do ciclo I. Nesse caso, os estudantes podem avançar de ano após participar, no 1º bimestre do ano letivo, de avaliação para reclassificação.
          A resolução publicada hoje também visa oficializar alguns critérios adotados pela Pasta para atendimento de alunos com altas habilidades/superdotação, como o aprofundamento e enriquecimento curricular que promovam, em horário de aula ou turno diverso, o desenvolvimento de atividades voltadas às potencialidades e interesses apresentados pelo estudante e aos demais programas e projetos da Secretaria.

Formação continuada
         A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo conta, desde 2006, com o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação, vinculado ao Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado (Cape). Por meio de capacitações realizadas pelo setor, cerca de 11,6 mil educadores das 91 diretorias regionais de ensino do Estado já participaram de formação para atendimento a alunos com altas habilidades.
        Ainda com o objetivo de orientar os profissionais da rede estadual, o Cape lançou, em 2008, o livro “Um Olhar para as Altas Habilidades: Construindo Caminhos”, que deve ter sua segunda edição publicada ainda neste ano.
Todas essas ações resultaram no aumento, nos últimos anos, do número de alunos identificados com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino. Enquanto em 2006 eram 79 os estudantes identificados, neste ano são 674.

São Paulo, 8 de agosto de 2012
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
Assessoria Imprensa
Mais informações à imprensa: (11) 3218-2061 e 3218-2020

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Brasil tem 45,6 milhões de deficientes



O Censo 2010 divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE aponta que 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência, o que corresponde a 23,9% da população brasileira. A maior parte delas vive em áreas urbanas - 38.473.702, ante 7.132.347 nas áreas rurais. E mostra ainda que são muitas as desigualdades em relação aos sem deficiência. A deficiência visual foi a mais apontada, atinge 18,8% da população. Em seguida vêm as deficiências motora (7%), auditiva (5,1%) e mental ou intelectual (1,4%).
A taxa de alfabetização de pessoas de 15 anos ou mais entre as que têm deficiência é de 81,7% - mais baixa do que a observada na população total na mesma faixa etária, que é de 90,6%. A Região Nordeste tem a menor taxa de alfabetização entre os que declararam alguma deficiência - 69,7%. E também a maior diferença em comparação com a taxa da população total (81,4%).
O Censo 2010 mostra ainda que há diferença significativa no nível de escolaridade entre pessoas com deficiência e a população geral - 61,1% da população com 15 anos ou mais com deficiência não têm instrução ou tem apenas o fundamental incompleto. Esse porcentual cai 38,2% para as pessoas sem deficiência.
No mercado de trabalho também há diferenças importantes. Dos 44 milhões de deficientes que estão em idade ativa, 53,8% estão desocupados ou fora do mercado de trabalho. A população ocupada com pelo menos uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,3 milhões) do total de ocupados (86,3 milhões) - 40,2% tinham a carteira de trabalho assinada; na população geral, esse índice é de 49,2%.
O porcentual de trabalhadores com deficiência que trabalha por conta própria (27,4%) e sem carteira assinada (22,5%) também é maior do que o registrado no total da população, de 20,8% e 20,6%, respectivamente.


Fonte: Estadão

quinta-feira, 29 de março de 2012

Prefeitura oferece beneficio às pessoas com deficiência


A Prefeitura de Pindamonhangaba, por meio da Secretaria de Saúde e Assistência Social, atendendo a Lei Municipal 5.145/2010 e o decreto que a regulamenta, ambos baseados na lei nacional, concede o benefício do cartão gratuidade para transporte público municipal para pessoas com deficiência. Esse benefício isenta ao pagamento da tarifa de transporte coletivo de passageiros nas linhas municipais.

Os deficientes, comprovados por laudo médico, que solicitarem o benefício na Secretaria de Saúde têm o direito à gratuidade do transporte. E os acompanhantes dos mesmos, que estudam na Apae ou no Nap (Núcleo de Apoio Psicopedagógico), também tem direito ao benefício. 

A Secretaria de Saúde realiza um procedimento para verificar a necessidade do deficiente e concede o auxílio, e se for o caso, também ao acompanhante do mesmo.

“As pessoas que se sentirem prejudicadas devem entrar com um requerimento, no Protocolo da Prefeitura de Pinda, nele deve ser anexada a indicação médica com as necessidades do deficiente, a partir dai segue para a Secretaria de Saúde, onde vamos analisar se o beneficio será concedido também ao acompanhante”, conclui a secretaria de Saúde e Assistência Social, Ana Emília Gaspar.

AUXÍLIO TRANSPORTE EM OUTROS CASOS

As pessoas que estão em tratamento de saúde, após análise da Secretaria de Saúde e Assistência Social, podem ser beneficiadas com créditos no cartão de transporte. Profissionais da Prefeitura analisam caso a caso e são colocados créditos no cartão do paciente, para que ele possa fazer o tratamento.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Congresso faz sessão pelo Dia Internacional da Síndrome de Down


Senadores e deputados fizeram nesta quarta (21) uma sessão especial pelo Dia Internacional da Síndrome de Down. A data foi reconhecida em novembro do ano passado pela Organização das Nações Unidas (ONU) após iniciativa do governo brasileiro.
A sessão especial foi de iniciativa do deputado Romário (PSB-RJ) e do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), ambos pais de crianças com a síndrome.
Autoridades e parlamentes durante a sessão do Dia Internacional da Síndrome de Down (Foto: Jane de Araújo / Agência Senado)Autoridades e parlamentares durante a sessão do Dia Internacional da Síndrome de Down (Foto: Jane de Araújo / Agência Senado)
Romário fez um discurso emocionado e disse que, depois do nascimento do filho, se tornou uma "pessoa melhor, não só hoje, como político, mas como ser humano".
“Nós, que nos achamos superiores a vocês [portadores de Down], na verdade, somos ninguém. Não sabemos o que vocês são na sociedade porque não temos convivência com vocês”, declarou.
O deputado e ex-jogador de futebol elogiou atitude da Fifa, que, segundo ele, cederá 62 mil ingressos para pessoas com deficiência assistirem gratuitamente aos jogos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Serão 500 ingressos por jogo, de acordo com Romário.