sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Acompanhado por cão-guia, deficiente visual aprova acessibilidade do Rock in Rio 2011

A reportagem do UOL levou o lutador de jiu-jítsu francês Nicolas Plessis, que é deficiente visual, para testar o Rock in Rio 2011 no quesito acessibilidade. Nicolas, que evita frequentar esse tipo de evento porque pode ser perigoso para seu cão-guia, aprovou os serviços e o acesso oferecido pelo festival.



Nicolas foi acompanhado por Esti, uma cadela guia da raça labrador, de dois anos de idade, e não teve problemas para passar pelas barreiras de acesso do Rock in Rio, nem na própria entrada do festival. O deficiente foi de táxi e andou o mesmo trajeto do público, cerca de 1,5 km, até a entrada do festival. Um segurança do festival o acompanhou e o orientou durante o trajeto.
Para entrar no Rock in Rio, Nicolas usou a mesma entrada que o público, mas precisou passar por uma roleta em separado. A única crítica fica para as lanchonetes do evento, que não tinham cardápio em braile para oferecer ao deficiente.
Das atrações do festival, Nicolas disse ter interesse em ouvir Shakira, Stevie Wonder e Lenny Kravitz no palco. "O importante na vida é a percepção. As pessoas 'normais' veem os shows com olhos, os cegos percebem com a orelha. Escutar um artista ao vivo é melhor do que curti-lo no rádio", acrescentou o lutador, que vive há 3 meses no Brasil e tem um sonho: abrir, no Rio de Janeiro, uma escola para treinar cães que servem de guia para deficientes.
Fonte: UOL

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cerca de 200 mil jovens com deficiência estão fora da escola, diz MEC


Quase metade das crianças e adolescentes (48%) com algum tipo de deficiência e que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) estão fora da escola. A proporção equivale a cerca de 200 mil jovens que deveriam estar estudando, mas não conseguiram vaga nas escolas ou as famílias não efetuaram a matrícula.
Os números são do Ministério da Educação (MEC) que hoje (21) lançou em Brasília a 2ª edição do Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas. De acordo o ministro Fernando Haddad, o grande contingente é fruto de problemas culturais (as famílias não têm a compreensão da necessidade e do direito de as pessoas com deficiência estudarem) e também da “falta de iniciativa” do Poder Público local.
Haddad espera que as secretarias de Educação dos Estados e dos municípios busquem as crianças e os adolescentes que não estão na escola. “Eu tenho o cadastro de todas as crianças que recebem por lei um salário mínimo em virtude de uma deficiência [o BPC]. Eu tenho esse cadastro [da Previdência Social] e cruzo com o do MEC. Se eu não encontro a criança matriculada, eu tenho que visitar essa criança”, recomendou o ministro ao salientar que a busca ativa está sendo feita desde 2008. “Cem mil crianças já foram resgatadas com esse processo, nós temos que buscar essas 200 mil.”
De acordo com a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), Cláudia Pereira Dutra, muitas famílias têm medo de perder o benefício ao matricular os filhos porque, na visão dessas pessoas, a frequência escolar seria a comprovação de que não existe invalidez. Cláudia afirma que não há essa possibilidade e esclarece que a Constituição Federal (Artigo nº 205) determina que a educação é “direito de todos e dever do Estado e da família”.
“Esse recurso [do BPC] é para promover a qualidade de vida das pessoas, entre eles, o exercício do direito à educação”, salientou.
Segundo Cláudia, desde 2007, mais de 24 mil salas de recursos multifuncionais (com equipamentos, mobiliários, material para atendimento especializado) foram instaladas nas escolas públicas (investimento de R$ 150 milhões). Anualmente, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) oferece R$ 100 milhões para a adequação física de escolas (construção de rampas, instalação de corrimão, adaptação de banheiros).
Na opinião da secretária, além da adequação física e da formação dos professores, é fundamental a compreensão dos profissionais que atuam nas escolas de que muitas pessoas com deficiência necessitam do apoio de um acompanhante permanentemente – como parentes que possam ficar na escola para ajudar em atividades em sala, na locomoção, na alimentação e no uso dos banheiros.
No ano passado, escolas públicas de 420 municípios de todo o país inscreveram 713 iniciativas para concorrer ao Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas. Uma escola em cada região foi premiada. Este ano, o prêmio terá três categorias: escolas públicas (para experiências pedagógicas exitosas); secretarias de Educação (para gestão do sistema de ensino que gere inclusão); e estudantes de escolas públicas (para texto narrativo sobre o tema A Escola Aprendendo Com as Diferenças, que deve ser elaborado por estudantes dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio). O primeiro colocado recebe um notebook.
As inscrições devem ser feitas até 31 de dezembro no site do MEC. Além das três categorias, a premiação fará menção honrosa à experiência pedagógica de educação infantil. “O estímulo nesta fase é fundamental para que o aluno não tenha dificuldade de adaptação no futuro”, aponta a secretária Cláudia Pereira Dutra.

Fonte: UOL

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Universitário com paralisia cerebral publica livro de poesias em Curitiba




O jovem Marcio Sakyo Poffo Taniguti, 23, nasceu com paralisia cerebral, que lhe comprometeu os movimentos do corpo e da fala. Os obstáculos, no entanto, não foram suficientes para barrar sua vontade de vencer desafios, como a recente conclusão de um livro de poesias.
Taniguti publicou neste mês em Curitiba a obra batizada de “Meus Primeiros Passos”, em que conta e canta sob a forma de rimas e metáforas o que é sua vida e as lições de superação, angústias e expectativas que marcam sua trajetória ao lado de familiares e amigos.
Estudante da faculdade de jornalismo, Marcio precisa da ajuda de uma cadeira de rodas para se locomover e usou uma ponteira presa à testa para digitar os versos.
As poesias falam de superação, amor, medo e agradecimento aos pais e da consciência de viver rodeado de limitações físicas impostas desde as complicações sofridas no parto, mas que não fizeram desisti-lo de viver.
O caldeirão de emoções exposto por Marcio pode ser resumido no poema “Sobre as pedras”, que abre o prefácio do livro: “Caminhando sobre as pedras/ Tentando me equilibrar/ Elas em movimento o tempo todo/ Com os meus passos/ Percebo que estou caminhando/ Em cima da minha vida”.  
Marcio digitou na tela de seu computador uma resposta ao ser perguntado pelo UOL Notícias sobre a ideia de escrever o livro: "Um dia eu estava no PC, fiz um poema e mostrei para minha mãe, ela gostou. Levei para a minha fonoaudióloga, que me deu a ideia de lançar um livro. E então eu não parei mais de escrever". Desde 2009, já são mais de 600 poemas, dos quais 70 fazem parte do livro.
"Ele se superou em tudo. O Márcio sempre teve força de vontade. O livro é mais um exemplo disso. Não pudemos ter presente maior. Desde que ele começou a faculdade de jornalismo (está no segundo semestre), nunca faltou. Sempre procuramos tratá-lo como uma pessoa normal", disse a dona de casa e mãe de Márcio, Márcia Taniguti, que acompanha o filho às aulas.
O pai, o aposentado Márcio Taniguti, contou que as sequelas da falta de oxigenação no cérebro, ocorrida durante o parto, começaram a ser percebidas quando o filho tinha seis meses de idade. A partir daí, eles começaram um tratamento intenso para que ele pudesse enfrentar todos as consequências que a paralisia cerebral provoca no corpo.
"Desde os seis meses de idade, quando foi detectado o problema, o tratamento do Márcio foi direto. Nunca pensamos em colocar ele numa cadeira de rodas e deixar num canto. Não foi o caso dele", afirmou o pai.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Quando a memória ruim não é apenas sinal da idade


Por Jane E. Brody, The New York Times News Service/Syndicate



Quem não tem ocasionalmente lutado para se lembrar de uma palavra qualquer, ou o nome de alguém querido? Eu ainda estava na casa dos 40 quando o primeiro nome de minha madrasta, a quem eu conhecia há 30 anos, repentinamente me escapou. Tive de apresentá-la a um amigo como 'Sra. Brody’.
Mas para milhões de americanos com uma doença neurológica chamada transtorno cognitivo leve (TCL), lapsos para encontrar palavras e nomes são bastante comuns, junto a outros desafios como se lembrar de compromissos, dificuldade ao pagar contas ou perder a linha do pensamento no meio de uma conversa.
Embora não seja tão grave quando o mal de Alzheimer ou outras formas de demência, o transtorno cognitivo leve costuma ser um sinal dessas doenças que roubam a mente. O Dr. Barry Reisberg, professor de psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade de Nova York, que em 1982 descreveu os sete estágios do Alzheimer, considera a doença mais leve como Estágio 3 – uma condição de sutis déficits na função cognitiva que ainda permite que as pessoas vivam de forma independente e participem de atividades normais.
Uma das pacientes de Reisberg é um exemplo típico. Desde seu diagnóstico de transtorno cognitivo leve aos 78 anos, há dois anos e meio, a mulher aprendeu a usar o metrô, pilotou um avião pela primeira vez (com um instrutor) e continuou a curtir férias e visitas familiares. Mas ela também pagou duas vezes algumas contas e passa horas remexendo em papéis.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VIDEOCONFERÊNCIA DO PROGRAMA BPC NA ESCOLA


VIDEOCONFERÊNCIA DO PROGRAMA BPC NA ESCOLA - NOVO PERÍODO DE ADESÃO
                REALIZADA PELO GRUPO GESTOR INTERMINISTERIAL
 
Com o propósito de divulgar o novo processo de adesão ao Programa BPC na Escola, que possibilitará a participação de novos municípios e a renovação dos compromissos anteriormente assumidos pelos Estados, Distrito Federal e Municípios que já integram o Programa desde 2008, bem como orientar o desenvolvimento das ações intersetoriais previstas para o biênio 2011/2012, será realizada videoconferência no dia 15 de setembro de 2011.
 
Os gestores e técnicos municipais poderão acompanhar através de transmissão on-line, podendo ser assistido por qualquer pessoa a partir do endereço http://www.saude.gov.br/emtemporeal
 
Solicitamos, se possível, sua colaboração na divulgação a todos os municípios de abrangência dessa Diretoria.
 
Contamos com sua participação!
 
Atenciosamente,
 
Yara Savine
Coordenadora Estadual do BPC/BPC na Escola
Tel.: (11) 2763-8268"

INSCRIÇÃO CURSOS DE ED. ESPECIAL - REDEFOR‏


As pré-inscrições para os cursos do Programa REDEFOR - Educação Especial - 2011 devem ser realizadas de 07 a 18 de setembro.
São 1600 vagas distribuídas em 7 cursos!
Para mais informações, consulte o Regulamento.